Fala do especialista: reabilitação intensiva Pós AVC
Médico neurologista Dr. Eduardo Melo, defende que, quando falamos em reabilitação pós-AVC, os fatores tempo e intensidade do tratamento são os pontos mais importantes.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença popularmente conhecida como “derrame”. Inicia-se subitamente e caracteriza-se pela falta de irrigação sanguínea em um determinado território cerebral. Pode ser secundário à oclusão de alguma artéria (isquêmico) ou a um sangramento (hemorrágico).
O AVC é uma das principais causas de morte ou incapacidade com sequelas permanentes em nosso país. Mundialmente essa condição é alarmante sendo identificada uma morte por derrame cerebral a cada seis segundos, independentemente da idade ou sexo do paciente. (Fonte: HCor)
O médico neurologista e professor adjunto de Neurologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Dr. Eduardo Melo, gravou um depoimento abordando a relevância da reabilitação para pacientes pós AVC (Acidente Vascular Cerebral).
“A ideia de um hospital de transição que assume pacientes pós AVC de uma forma a iniciar uma reabilitação intensiva, precoce e interdisciplinar é fundamental e eu diria que a Florence chegou no Recife para preencher esta lacuna”, afirmou Dr. Eduardo sobre a Clínica Florence.
Reabilitação Pós AVC
Quando falamos em reabilitação pós AVC, os fatores tempo e intensidade do tratamento são os pontos mais importantes. Um estudo clássico chamado Copenhagen Stroke Study aponta que 95% dos ganhos de recuperação do paciente são observados nos primeiros 3 meses após o evento. Ou seja, quanto mais cedo o paciente for estimulado em um programa de reabilitação adequado, maiores as chances de reduzir sua dependência e promover melhorias na qualidade de vida.
Recomenda-se que os pacientes que tiveram perda da independência para as atividades básicas da vida diária, como comer ou tomar banho, iniciem a reabilitação intensiva entre 4 e 7 dias após o evento.
Quando o paciente apresenta déficits importantes, essa reabilitação pode ser feita com o internamento em unidades especializadas de transição de cuidados/reabilitação. Quanto mais cedo o paciente é estimulado em um programa de reabilitação adequado, maiores as chances de:
1- Reduzir sua dependência;
2- Minimizar a extensão de sequelas;
3- Promover melhoria da qualidade de vida.