Quando nosso corpo se depara com uma infecção grave, ele gera uma resposta inflamatória que pode levar a uma série de complicações. É a chamada sepse, conhecida popularmente como infecção generalizada. E este assunto é muito sério: a sepse é a maior causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI) e pode levar a sequelas funcionais importantes de longo prazo nos pacientes sobreviventes.
A Surviving Sepsis Campaign (SSC) é uma iniciativa global que reúne organizações, como a Society of Critical Care Medicine e a European Society of Intensive Care Medicine, com o objetivo de criar um esforço colaborativo internacional para melhorar o tratamento da sepse.
Recentemente, a SSC divulgou uma nova versão das diretrizes globais que colocam uma maior ênfase em estratégias para melhorar os desfechos de longo prazo dos pacientes que sobrevivem ao evento agudo da sepse. Estudos reforçam que o momento da alta hospitalar é crucial, assim como a importância do acesso a um programa de reabilitação intensivo, com o apoio de equipe interdisciplinar, para contribuir na recuperação e melhoria de qualidade de vida destes pacientes.
A avaliação destas necessidades deve se iniciar durante o internamento hospitalar, mas é de especial importância no momento da alta, com a definição dos planos de cuidado e seguimento. A SSC sugere o encaminhamento para um programa de reabilitação pós-hospitalar no pós sepse para todos os pacientes que ficaram internados em UTI por mais de três dias (recomendação 93: “for adult survivors of sepsis or septic shock receiving mechanical ventilation for > 48 h or an ICU stay of > 72 h, we suggest referral to a post-hospital rehabilitation programme”).
Você pode acessar mais detalhes destas diretrizes e recomendações em https://bit.ly/2YIBLP6 (destaque para as recomendações 85 a 93 – conteúdo disponível apenas em inglês).