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O papel do Terapeuta Ocupacional na Adaptação do Domicílio: retorno seguro para paciente e seus familiares

Pós AVC
Pós UTI
Reabilitação Intensiva
Salvador

Na Clínica Florence, a família do paciente participa junto com a equipe interdisciplinar do plano terapêutico e é capacitada para os cuidados diários pós-alta.

Segundo a Associação Americana de Terapia Ocupacional, a profissão consiste no uso terapêutico de atividades diárias em indivíduos com propósito de melhorar ou possibilitar a participação em papéis, hábitos e rotina em diversos ambientes como casa, escola, local de trabalho, comunidade e outros lugares.

Em hospitais de transição, como a Clínica Florence, o Terapeuta Ocupacional avalia o desempenho funcional dos pacientes e seu ambiente domiciliar, a fim de orientar e sugerir adequações necessárias, além de capacitar os familiares quanto ao manejo dos equipamentos e dispositivos auxiliares (como cadeira de rodas e órteses). Seu papel visa o retorno seguro para casa, com maior autonomia e independência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária.

Através de uma abordagem multidisciplinar na reabilitação funcional ou adequação de cuidados, o Terapeuta Ocupacional utiliza-se de estratégias adaptativas (como prescrição de órteses ou dispositivos de tecnologia assistiva) para orientar e dar suporte a familiares no retorno ao lar.

Dentro da perspectiva do adequado preparo para a alta, alguns critérios são fundamentais de serem analisados: quais as reais necessidades de suporte para o cuidado em domicílio como adequação dos cuidadores, equipamentos sociais, dispositivos de tecnologia assistiva e a avaliação do ambiente domiciliar como existência de barreiras arquitetônicas, risco de queda, dentre outros.

Desde a admissão do paciente, o terapeuta concentra seu olhar nas possíveis dificuldades ou obstáculos no domicílio, dialogando com familiares sobre ajustes ou aquisição de equipamentos que favoreçam a autonomia e independência no pós-alta. Através de um relatório detalhado com informações sobre funcionalidade, nível de dependência e necessidade de equipamentos e adequações do ambiente, há a orientação à família no cuidado seguro ao paciente em domicílio.

Muitos são os desafios para lidar com um familiar que, repentinamente, tornou-se dependente funcional com uma mudança brusca na rotina. Além da redução da autonomia, o ambiente domiciliar carregado de histórias e afetos, na maioria dos casos necessita de adequação para acolhimento, de forma segura, no pós-alta. Cabe, então, ao Terapeuta Ocupacional amenizar o sofrimento e angústia familiar, orientando e capacitando-os no retorno seguro para casa.


Cynthia Coelho é formada em Terapia Ocupacional pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, especialista em Saúde Coletiva pela Faculdade Internacional de Curitiba, Psico-oncologia pela
Ciências Médicas Virtuais e Gestão do Trabalho e Educação em Saúde pela
Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde.


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