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Qual é o papel da Fisioterapia na reabilitação de pacientes Pós AVC?

Reabilitação
Reconhecimento
Salvador
Valorização do Time

 Fisioterapeutas integram o Time Interdisciplinar da Clínica Florence e auxiliam na recuperação das funcionalidades de pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O papel da fisioterapia na Reabilitação Pós AVC
Silvanei Neves é Fisioterapeuta da Unidade Salvador desde 2022.

Os fisioterapeutas atuam no tratamento e prevenção de dores, traumas ou doenças. Eles avaliam a capacidade funcional dos pacientes e promovem saúde, melhorando a qualidade de vida. Para homenageá-los, hoje, Dia do Fisioterapeuta, entrevistamos Silvanei Neves, fisioterapeuta da Unidade Salvador, que faz parte da Clínica Florence desde 2022.

Graduado pela Universidade Católica do Salvador, especialista em Traumato-ortopédica pela Universidade Gama Filho (UNEB) e em Fisioterapia Neurofuncional pela Faculdade IDE – Instituto de Desenvolvimento Educacional, Silvanei destacou o papel da sua área na reabilitação de pacientes Pós AVC.

Confira na íntegra:

1- Por que a importância da fisioterapia para pacientes Pós AVC?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior cauda de morte no mundo e a principal causa de incapacidade. Nos quadros clínicos graves e moderados, alguns sintomas tendem a se manifestar fortemente. Entre eles está a dificuldade na fala, mudanças na marcha e perda ou diminuição da atividade motora. Estas manifestações podem provocar sequelas desagradáveis e persistentes, por isso a fisioterapia desempenha um papel fundamental no processo de recuperação. É preciso considerar que cada caso apresenta suas particularidades, daí a importância de uma abordagem individualizada: os cuidados variam de paciente para paciente.

Os fisioterapeutas desenvolvem as estratégias mais adequadas no intuito de melhorar o controle motor dos pacientes. Junto a isso, será possível estimular os sensores e suas funcionalidades através de um plano personalizado, intensivo e interdisciplinar. Vale ressaltar que iniciar a fisioterapia logo na fase aguda do Pós-AVC gera um retorno satisfatório, por ser o período de maior neuroplasticidade. O que acarreta ganhos mais rápidos e aumenta as chances de recuperação funcional.

2- Os pacientes acometidos por um AVC costumam apresentar limitações nas atividades motoras e cognitivas.  De que forma as sessões de fisioterapia podem minimizar ou contribuir para reverter sequelas?

As sessões de fisioterapia são imprescindíveis para a reabilitação física, mas é sempre bom lembrar que os benefícios surgirão da assistência integral por meio do acompanhamento de todo o Time Interdisciplinar. Em conjunto, podemos avaliar e efetuar intervenções de modo coordenado valorizando o conhecimento de cada especialidade. Todo o processo será observado de perto, garantindo a autonomia aos pacientes no retorno as suas atividades cotidianas.

A conduta na fisioterapia motora também varia de acordo com a fase do AVC em que o paciente se encontra. Faz-se necessário um planejamento terapêutico singular com reavaliações periódicas para verificar os efeitos do tratamento e sua evolução neuromotora. Os objetivos específicos a serem alcançados devem ser discutidos com o paciente e seus familiares no intuito de minimizar danos, orientar sobre o posicionamento correto, prevenir de quedas, auxiliar a marcha e melhorar a qualidade de vida.

3- Os Fisioterapeutas compartilham com os familiares e cuidadores estratégias que facilitam a rotina diária dos pacientes. Quais as principais orientações para o retorno seguro ao domicílio?

É de suma importância conscientizar os familiares e cuidadores de que eles são a rede de apoio daquele paciente, portanto, fazem parte no processo de reabilitação. Por isso, são compartilhadas diversas orientações como o posicionamento do paciente no leito de forma mais alinhada, prevenindo lesões por pressão e posição corporal rígida viciosa (quando o Sistema Nervoso Central identifica as nossas posições, mesmo quando erradas, como normais). Também conversamos sobre as atividades estendidas objetivando melhor desempenho funcional. São repassadas informações que norteiam a transferência segura para posição de sentado ou ficar de pé. Além de avaliação do domicílio, trabalho este realizado com total envolvimento da Terapia Ocupacional, a fim de antecipar possíveis mudanças necessárias na casa para receber o paciente de volta ao domicílio.

4- Como os Fisioterapeutas da Clínica Florence são capacitados para atuar em uma Unidade de Transição de Cuidados?

A Clínica Florence traz como missão o cuidado centrado ao paciente, promovendo qualidade de vida, e também capacitando os profissionais. Participamos de diversos cursos como Entendendo para Melhor Atender, Cuidando de Quem Cuida, Encantado por Você e Comunicação Difícil em Saúde (CDS) para aprimorar habilidades e competências essenciais para um serviço humanizado. O que nos leva a oferecer sempre uma assistência empática, capaz de impactar vidas sempre na busca do melhor engajamento. Afinal, ser fisioterapeuta é gerar confiança e motivação, desenvolvendo estratégias para reabilitar os pacientes em cada movimento”.