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Reabilitação pós-sepse reduz os riscos de sequelas permanentes

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Diretrizes globais sugerem que pacientes que ficaram internados em UTI por mais de três dias sejam encaminhados para um programa de reabilitação pós-hospitalar.

De acordo com artigo veiculado na renomada publicação científica Critical Care Science, cerca de 35% dos pacientes admitidos para reabilitação apresentam histórico de Sepse.

A sepse, uma resposta inflamatória extrema infecções, pode provocar danos graves em múltiplos órgãos e, em casos severos, levar à morte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é responsável por aproximadamente 11 milhões de óbitos anuais, sendo considerada uma das principais causas de mortalidade hospitalar. No Brasil, o cenário é ainda mais alarmante, com uma taxa de mortalidade de 65% entre os pacientes acometidos pela doença, praticamente o dobro da média mundial, que oscila entre 30 e 40%.

A pandemia de COVID-19 também contribuiu para o aumento dos casos de sepse, especialmente entre pacientes gravemente afetados pelo vírus. Além da alta taxa de mortalidade, muitos sobreviventes enfrentam sequelas físicas, emocionais e cognitivas significativas.

De acordo com Dr. Silas Lucena (CRM PE 30132), coordenador médico da Clínica Florence, Unidade Recife, a reabilitação intensiva ajuda a promover a recuperação de movimentos, força muscular, coordenação e equilíbrio, além de auxiliar no tratamento de dificuldades cognitivas e emocionais. “A sepse pode deixar sequelas significativas, como fraqueza muscular, fadiga crônica e alterações cognitivas. A reabilitação precoce e intensiva é essencial para minimizar os impactos da doença e permitir que o paciente retorne às suas atividades do dia a dia”, pontuou o médico.

Diretrizes globais recomendam que pacientes que ficaram internados em UTI por mais de três dias sejam encaminhados para um programa de reabilitação pós-hospitalar.

O movimento intitulado “Surviving Sepsis Campaign (SSC)” promove estratégias globais para a reabilitação a longo prazo de sobreviventes de sepse, enfatizando a importância de uma abordagem multidisciplinar logo após a alta hospitalar. Nesse contexto, as Unidades de Transição desempenham um papel fundamental, oferecendo planos de cuidado intensivo e focados na recuperação da autonomia.

A Clínica Florence é pioneira na reabilitação pós-sepse no Norte e Nordeste do Brasil, destacando-se por seu modelo inovador.  “A grande maioria dos nossos pacientes submetidos a reabilitação pós-uti desenvolveram quadro de sepse no hospital geral. Independente da gravidade, a reabilitação intensiva imediata, com até 15 horas semanais e suporte do time interdiscilinar, elevam as chances do indivíduo retomar suas atividades diárias sem sequelas”, concluiu Dr. Silas.

De acordo com o artigo veiculado na renomada publicação científica Critical Care Science, cerca de 35% dos pacientes admitidos para reabilitação apresentam histórico de Sepse. O estudo intitulado “De unidade de terapia intensiva a unidades de cuidados pós-águdo: quanto mais cedo, melhor?”, faz uma análise do perfil de pacientes submetidos à reabilitação e levou consideração os dados levantados de 17 hospitais diferentes, no período de 6 anos. 

As informações coletadas foram apresentadas no estudo “Trajetórias clínicas de pacientes graves que recebem alta diretamente de uma unidade de terapia intensiva para uma unidade de cuidados pós-agudos: uma coorte retrospectiva”, publicado na mesma revista científica, e que tem como coautores profissionais da Clínica Florence, dentre eles o Diretor Médico da instituição, Dr. João Gabriel Ramos (CRM-BA 20306).


Tags: Sepse, Reabilitação, Pós-Sepse, Septicemia,  Hospital de Transição,  Clínica Florence,  Saúde, Pós UTI,  Reabilitação Pós-Sepse.