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Tipos de AVC: entenda como tratar 

Pós AVC
Reabilitação Intensiva
Recife
Salvador

Entenda os diferentes tipos de Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame, e conheça suas causas, sequelas e como a Reabilitação Intensiva pode contribuir com o tratamento. 

Tipos de AVC e a Importância da Reabilitação após um Derrame
O Acidente Vascular Cerebral pode deixar sequelas que impactam a independência do paciente. A realização da Reabilitação Intensiva como tratamento depois do derrame melhora sua qualidade de vida. (Imagem criada por IA)

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame ou isquemia cerebral, é um evento grave que ocorre quando há a interrupção da circulação sanguínea em uma parte do cérebro, resultando em danos cerebrais. Existem vários tipos de AVC e as diferenças fundamentais entre eles são a causa do evento.

Para cada tipo de derrame, há um tratamento indicado no pós alta hospitalar. Sendo considerada uma emergência médica, o atendimento rápido na fase aguda é crucial para evitar o agravamento de complicações do AVC. No pós agudo, a depender do quadro clínico da pessoa acometida, abordagens interdisciplinares em um programa de Reabilitação Pós AVC podem colaborar significativamente com o tratamento após o derrame, possibilitando que o cérebro reaprenda atividades básicas como falar, sentar ou deglutir.

“O AVC requer atuação especializada e interdisciplinar com brevidade, pois os impactos do tratamento agudo já dentro do hospital podem gerar resultados significativos na Reabilitação Pós AVC, visto que quanto mais precoce for o início da reabilitação, maior a chance de reduzir as sequelas e dependência do paciente, além de melhorar a qualidade de vida”, comenta Dr. Jamary Oliveira (CRM-BA 20306) neurologista, responsável pela Linha de Cuidados Reabilitação Pós AVC na Unidade Salvador. 

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas são dor de cabeça muito forte e súbita, fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, paralisia, perda repentina da fala ou dificuldade em se comunicar e perda da visão. Em caso de suspeita, é recomendado procurar o serviço de urgência imediatamente para uma avaliação médica, já que o tempo também é determinante para o tratamento depois do derrame. 

Pressão alta, obesidade, sedentarismo, colesterol elevado, doenças cardiovasculares como arritmias, diabetes, tabagismo e alcoolismo são alguns fatores de risco para o derrame. O envelhecimento e características genéticas também podem aumentar a probabilidade da doença. 

Entenda os tipos de Acidente Vascular Cerebral (AVC): 

AVC Hemorrágico (AVCH): este evento é uma forma menos comum, mas potencialmente mais grave, de Acidente Vascular Cerebral. Neste tipo de derrame, um vaso sanguíneo se rompe, resultando em uma hemorragia intracerebral. A pressão do sangue liberado pode causar danos significativos às células cerebrais próximas, resultando em sequelas neurológicas. As causas frequentes incluem hipertensão arterial não controlada, aneurismas cerebrais ou malformações vasculares.

Os sintomas do AVC Hemorrágico (AVCH) costumam se manifestar rapidamente e incluem dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez no pescoço e perda de consciência. O tratamento imediato é essencial para aliviar a pressão intracraniana, minimizar sequelas, perda de funcionalidade e envolve cirurgias e cuidados intensivos especializados. 

AVC Isquêmico (AVCI): mais frequente, é o tipo de AVC presente em 85% dos casos diagnosticados de derrame. O AVC Isquêmico (AVCI) ou Isquemia Cerebral ocorre quando um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro é obstruído, geralmente por um coágulo. Esta obstrução impede a chegada de oxigênio e nutrientes às células cerebrais, resultando em danos. Os sintomas variam, mas frequentemente incluem fraqueza repentina em um lado do corpo, dificuldade na fala e perda de visão em um olho.

O tratamento rápido após o derrame é crucial para minimizar os danos da obstrução no cérebro e pode envolver a administração de medicamentos trombolíticos ou procedimentos cirúrgicos. 

Acidente Vascular Encefálico (AVE): o termo Acidente Vascular Encefálico ou AVE é frequentemente utilizado como um sinônimo para o AVC e para o derrame, embora seja menos comum. Ambos os termos se referem à mesma condição grave. O AVE, portanto, abrange tanto os tipos isquêmico quanto o hemorrágico, incluindo todas as manifestações clínicas associadas a essas diferentes causas. 

AVC Temporário: também conhecido como ataque isquêmico transitório (AIT) ou mini AVC, o AVC Temporário é uma condição em que os sintomas semelhantes ao derrame se desenvolvem temporariamente e desaparecem dentro de 1 hora. Apesar disso, o AIT não deve ser ignorado, pois pode ser um sinal de alerta para um futuro derrame mais grave. Identificar e tratar os fatores de risco, como hipertensão arterial ou diabetes, é essencial para prevenir eventos mais graves que ocasionam perdas funcionais mais graves. 

paciente em sessão de Reabilitação depois de um derrame com Terapeuta Ocupacional na Clínica Florence
Paciente em sessão de Reabilitação com Terapia Ocupacional na Clínica Florence. 

O tratamento depois do derrame 

Tanto o AVC Hemorrágico como a Isquemia Cerebral, que causam danos funcionais a pessoa acometida, tem tratamento indicado após a alta hospitalar. Segundo pesquisas científicas, recomenda-se que os pacientes que tiveram um derrame que ocasionou em perda da independência para as atividades básicas da vida diária, como comer ou tomar banho, iniciem um programa de Reabilitação Intensiva entre 4 e 7 dias após o evento.  

“A Reabilitação Intensiva é dedicada aos pacientes numa unidade de Transição de Cuidados, chamadas unidades de Pós Agudo e Hospitais de Transição, como a Clínica Florence. Ela está indicada para um paciente que sofreu um insulto agudo, que levou a uma perda clínico funcional e que deixou como sequelas uma dependência de terceiros ou até uma dependência de dispositivos. Esta reabilitação consegue ser entregue de uma forma intensiva, interdisciplinar, com olhar unidirecional, focado no paciente. A reabilitação intensiva está indicada para pacientes Pós AVC”, comenta Dra. Michele Bautista (CRM-PE 19645), Gerente Médica da Unidade Recife da Clínica Florence. 

A Reabilitação Intensiva como tratamento indicado depois do derrame, após a fase aguda, possibilita os maiores ganhos de recuperação da funcionalidade quando realizada nos primeiros três meses (90 dias) após o evento, na chamada janela de ouro do Acidente Vascular Cerebral. 

“A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de reaprender caminhos para exercer funções que foram perdidas. Essa janela de ouro de 90 dias é fundamental na Reabilitação Pós AVC. A plasticidade cerebral depende do estímulo precoce, intensivo e interdisciplinar. Quanto mais se demora a iniciar as terapias, menor a possibilidade de recuperação de funcionalidade e do cérebro para assumir, em áreas não afetadas, as funções perdidas. A frequência é uma das grandes forças motrizes para estimular o cérebro para que ele consiga assumir as funções perdidas com o AVC. Portanto, a intensidade precoce da realização da reabilitação é necessária para que seja possível ensinar, treinar adequadamente o cérebro para tentar atingir o ponto de função e cognição anterior ao insulto agudo”, conforme explica a Dra. Renata Azevedo, (CRM-PE 13111) neurologista, médica responsável pela Linha de Cuidados Reabilitação Pós AVC da Clínica Florence na Unidade Recife. 

Na Clínica Florence, Hospital de Transição pioneiro no Norte/Nordeste, o paciente em tratamento após um AVC pode realizar até 15h semanais de terapias durante a Reabilitação. Coordenado por uma equipe interdisciplinar altamente capacitada, com médicos especialistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e nutricionistas, o plano de cuidados é personalizado para cada paciente e tem como objetivo o retorno da funcionalidade, independência e qualidade de vida da pessoa após o derrame. 

Elegível para a indicação do tratamento após o AVC na Linha de Cuidados Reabilitação Pós AVC, a pessoa conta com diferenciais do modelo assistencial e da estrutura como a Sala de Reabilitação, equipada com mesa ortostática, esteira com suporte de carga parcial, treino de escada, rampa, marcha em barras paralelas, jogos de lógica e raciocínio, equipamentos para treino de equilíbrio, força e simulação de situações da vida cotidiana (abrir portas, torneiras, cadeados etc.).

Durante o internamento nas Unidades Recife e Salvador, essa estrutura beneficia a recuperação de pacientes em tratamento após um derrame, além da possibilidade da realização de sessões de Reabilitação Intensiva nos jardins nos endereços da Clínica Florence na Bahia e em Pernambuco.

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