O Hospital de Transição é uma instituição de saúde que oferece cuidados interdisciplinares para pacientes que precisam de reabilitação após uma doença, lesão grave ou de cuidados paliativos de fim de vida para controle de sintomas. Estes tratamentos se iniciam pós-alta hospitalar ou pós UTI, ou seja, após o diagnóstico definitivo e uma recomendação médica.
Os pacientes que geralmente são admitidos em hospitais de transição são aqueles que já não necessitam da internação em hospitais gerais, mas que ainda requerem uma intensidade alta de cuidado.
Eles podem ser pacientes que se recuperam de uma doença aguda, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou pós fratura de quadril, mas ainda precisam de atendimento médico contínuo e/ou reabilitação. Além disso, estão inclusos pacientes com doenças crônicas, que precisam de cuidados mais intensivos para gerenciar a sua condição de saúde.
Estes pacientes se beneficiam de um período de internação no Hospital de Transição com indicação para Reabilitação Intensiva e/ou redução da complexidade do cuidado, além da capacitação de cuidadores e familiares antes do retorno ao domicílio.
Algumas destas pessoas buscam, com o internamento no hospital de transição, recuperar sua independência funcional através da reabilitação, enquanto outros pacientes e familiares buscam acolhimento e qualidade de vida através dos cuidados paliativos, recomendado para pacientes com doenças que ameaçam a continuidade da vida.
Sendo assim, este modelo não se assemelha ao hospital geral. Um hospital geral possui atendimento médico e de enfermagem para uma ampla gama de condições médicas, voltados para cuidados em pacientes agudos que demandam atenção médica intensiva ou imediata, além de pacientes que necessitam de cirurgia.
Segundo a matéria do portal Fulture Health, os hospitais de transição representam um marco no cuidado humanizado.
“Na Clínica Florence, por exemplo, temos instalações projetadas para criar uma atmosfera mais pessoal e acolhedora e um serviço que possibilita maior interação entre o paciente e seus familiares. As visitas são permitidas 24 horas por dia e é possível programar visitas de crianças e até de animais de estimação”, comenta Dr. Lucas Andrade, idealizador e CEO da Clínica Florence.
O Hospital de Transição possui espaços totalmente planejados para atender as necessidades dos pacientes em um período previsto, sejam algumas semanas ou meses de internamento. Esta instituição oferece cuidados complexos com acompanhamento médico bem como atendimento da equipe interdisciplinar 24 horas por dia.
“São esses pequenos detalhes em oferecer ao paciente: um quarto que não tenha a cara de uma enfermaria, e sim de uma residência; permitir a saída todos os dias para o jardim; um acompanhamento mais de frequente, de perto; e toda uma equipe interdisciplinar que aborda com cuidado com zelo e carinho fazem uma enorme diferença”, comenta o Dr. Daniel Gomes, geriatra e coordenador da linha de cuidado Reabilitação Pós Fratura de Quadril em Idosos da Clínica Florence.
Os hospitais gerais costumam ter várias unidades em sua estrutura, incluindo unidades de emergência, unidades de cuidados intensivos, unidades cirúrgicas, unidades de maternidade e de pediatria. Cada unidade é especializada no atendimento de pacientes com necessidades específicas, e cada uma delas tem sua equipe de profissionais de saúde especializados para aquela atuação.
Já o hospital de transição é uma unidade de saúde que funciona como uma ponte entre o pós alta hospitalar, o domicílio do paciente ou o óbito. Sua equipe interdisciplinar é especializada para atuação em Reabilitação, Adequação de Cuidados e Cuidados Paliativos de fim de vida.
Em virtude do perfil de pacientes atendidos, o hospital de transição requer uma infraestrutura hospitalar de baixa complexidade, porém inovadora e acolhedora, visto que sua especialidade está em prover segurança e cuidado interdisciplinar a pacientes que estão saindo de internações hospitalares, como pós UTI.
O conceito de hospital de transição tem propósito e objetivo diferente do hospital geral, e desta forma, existem algumas diferenças entre eles. Conheça algumas características e diferenciais da Clínica Florence, o primeiro hospital de transição do Norte/Nordeste, com unidades no Recife e em Salvador:
Perfil de atendimento
Enquanto os hospitais gerais se concentram no tratamento de pacientes em condições agudas, o hospital de transição atua, em geral, no atendimento a pacientes clinicamente estáveis já na fase do Pós agudo.
Equipe interdisciplinar especializada
Um hospital de transição, como a Clínica Florence, possui um time interdisciplinar, incluindo profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, assistência social e serviços de apoio psicológico, além de médicos e enfermeiros.
São profissionais de saúde especializados no tratamento de pacientes em Transição de Cuidados, que coordenam um atendimento personalizado, com metas objetivas definidas em um plano de cuidados individualizado.
Abordagem centrada no paciente
O modelo assistencial do hospital de transição tem uma abordagem centrada no paciente e família, ou seja, seus valores, preferências e crenças são levados em consideração durante toda a experiência de cuidado, enfatizando o engajamento do paciente em seu próprio processo de recuperação e tratamento.
Estrutura física
A estrutura física do hospital geral requer uma infraestrutura de alta complexidade visto o suporte para intervenções clínicas e múltiplas terapias. O Hospital de Transição possui infraestrutura direcionada para as necessidades dos pacientes em Transição de Cuidados.
A Clínica Florence atua com os perfis de pacientes para reabilitação e cuidados paliativos de fim de vida. Sua estrutura física busca oferecer conforto, bem-estar e qualidade de vida, visto que estas características são essenciais no processo de recuperação e fundamentais durante a internação dos pacientes e seus familiares.
Deste modo, é possível compreender que a estrutura física e assistencial do hospital de transição como a Clínica Florence tem um objetivo mais específico, na assistência durante a Transição de Cuidados seja Pós UTI, Pós Sepse, Pós AVC, Pós Fratura ou Cuidados Paliativos de fim de vida, de forma intensiva, interdisciplinar e especializada, com muito acolhimento.
Conheça um pouco sobre os perfis de pacientes e o cuidado adequado a cada quadro clínico. Compreenda como eles podem se beneficiar do atendimento em uma das Linhas de Cuidado na Clínica Florence:
A reabilitação pós UTI é um processo fundamental para ajudar os pacientes a recuperarem a função física, cognitiva e mental após uma estadia prolongada na UTI. O Hospital de Transição é um local especializado que oferece esse tipo de reabilitação, fornecendo cuidados intensivos, após recomendação médica, para pacientes pós alta hospitalar.
O objetivo principal da reabilitação pós UTI é ajudar os pacientes a recuperar a independência, seja em casa ou em um ambiente de cuidados prolongados. O processo geralmente começa com uma avaliação completa das habilidades físicas, incluindo a capacidade de se mover, respirar, falar e realizar atividades diárias. Com base nessa avaliação, um plano de cuidados personalizado em reabilitação é desenvolvido para atender às necessidades específicas do paciente.
A reabilitação pós UTI pode ser um processo longo e desafiador, mas é uma parte crucial da recuperação dos pacientes que passaram por uma estadia prolongada na UTI.
A sepse é uma condição grave que pode causar danos significativos ao corpo e afetar muitos órgãos. A reabilitação pós sepse é um processo importante, ajudando os pacientes na recuperação de sua saúde após uma infecção grave. O Hospital de Transição é um local especializado que oferece esse tipo de reabilitação pós sepse.
Os pacientes podem passar por sessões diárias de terapias, treinamento de habilidades diárias e terapia em grupo, dependendo da sua condição e objetivos de reabilitação. A equipe de saúde trabalha em conjunto acompanhando os pacientes na recuperação da força muscular, mobilidade, equilíbrio, bem como apoio no tratamento de problemas respiratórios.
Após um AVC, muitos pacientes precisam de cuidados médicos para controlar a pressão arterial, monitorar os níveis de oxigênio e prevenir complicações. O Hospital de Transição oferece um ambiente seguro e especializado para fornecer esses cuidados, além de oferecer terapias de reabilitação para ajudar os pacientes a recuperarem as funções motoras e cognitivas afetadas pelo AVC.
A equipe de profissionais de saúde no Hospital de Transição inclui médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros, que trabalham em conjunto para desenvolver um plano de tratamento individualizado dos pacientes Pós AVC. Esse plano pode incluir terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia psicológica, dependendo das necessidades do paciente.
O papel de um Hospital de Transição na reabilitação pós fratura de quadril e pós fratura de fêmur é oferecer acompanhamento médico na recuperação dos movimentos, flexibilidade e da qualidade de vida após a cirurgia. A fratura de quadril e de fêmur são lesões graves que podem limitar significativamente a mobilidade e a funcionalidade do paciente, especialmente em idosos.
O atendimento deste modelo hospitalar é humanizado e focado no bem-estar e qualidade de vida dos pacientes, contribuindo, dessa forma, com sua recuperação.
Os cuidados paliativos no Hospital de Transição representam um conjunto de práticas de saúde médicas, psicológicas e sociais que têm como objetivo melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças que ameaçam a continuidade da vida. Eles se concentram em aliviar os sintomas e o sofrimento associados à doença, além de oferecer suporte emocional e espiritual para o paciente e sua família.
A importância dos cuidados paliativos no Hospital de Transição de Cuidados, com perfil Hospice, é enorme. Eles acompanham os pacientes, em especial na fase de finitude da vida, aliviando sintomas como dor, falta de ar, náuseas e fadiga, permitindo que o paciente se concentre em atividades significativas e relacionamentos importantes. Além disso, a abordagem paliativa também ajuda a garantir que o paciente receba o tratamento adequado para gerenciar sua condição e qualidade de vida.