Voltar

O papel do Farmacêutico na Transição de Cuidados

Reabilitação
Transição de Cuidados
Valorização do Time

O profissional farmacêutico contribui ativamente nas questões relacionadas ao uso seguro do medicamento apoiando profissionais de saúde em tomadas de decisão, além do seu papel de educação desses profissionais, pacientes e familiares.

Farmacêutica na dispensação de medicamentos na Unidade Recife da Clínica Florence
Farmacêutica na dispensação de medicamentos na Clínica Florence – Unidade Recife.

O farmacêutico desempenha um papel essencial na equipe multidisciplinar de um hospital de transição. Atua em atividades que buscam a segurança e a assertividade no tratamento medicamentoso, levando em consideração os aspectos técnicos e culturais, colocando o paciente no centro do cuidado e apoiando os profissionais de saúde com o objetivo de otimizar o uso de medicamentos visando a eficácia do tratamento ou no alívio dos sintomas. Sua expertise na gestão e dispensação de medicamentos contribui para assegurar a administração correta das terapias prescritas no plano de cuidados, evitando interações medicamentosas prejudiciais e possibilitando a conformidade com os protocolos clínicos.

A colaboração estreita do profissional de farmácia em um hospital de transição também está atrelada a educação de pacientes e familiares esclarecendo dúvidas quanto ao uso seguro no domicílio, o melhor local para guardar os medicamentos para evitar deterioração assim como as possíveis reações adversas a serem monitoradas.

Além disso, o farmacêutico(a) apoia a comunicação entre os diversos profissionais de saúde, traduzindo as informações relacionadas a medicamentos de maneira acessível aos outros membros da equipe, promovendo uma abordagem coordenada no cuidado ao centrado na pessoa.

Dessa forma, o especialista em farmácia desempenha um papel fundamental na segurança do paciente, que fortalece a eficiência da atenção à saúde em ambientes de transição de cuidados, contribuindo para os resultados clínicos positivos e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Em comemoração ao dia 20 de janeiro, Dia do Farmacêutico, entrevistamos Alélia Rosa, mestre em ciências farmacêuticas que atua na Clínica Florence – Unidade Recife, sobre o papel do farmacêutico na Reabilitação Intensiva. Confira a seguir.

– Como o farmacêutico atua na equipe interdisciplinar do Hospital de Transição e como ele contribui com a reabilitação do paciente?

Com o aumento da população e expectativa de vida, um novo perfil epidemiológico de doenças prevalentes será traçado e hospitais de transição aparecem como um recurso consolidado em outros países e em expansão no Brasil. Logo, espera-se que o farmacêutico esteja capacitado a ingressar cada vez mais neste cuidado interdisciplinar e na transição de cuidados em unidades como a Clínica Florence, sendo não mais centrado no medicamento e sim na pessoa e em seu cuidado integrado.

Os pacientes admitidos em hospitais de transição para Reabilitação dependem fundamentalmente de medicamentos para manutenção de sua qualidade de vida e para contribuir com o retorno de atividades básicas de vida diária. Este é o caso de pacientes, por exemplo, Pós AVC, Pós Sepse, Pós Fratura de Quadril ou Pós UTI. Neste cenário da Reabilitação Intensiva na Clínica Florence, o farmacêutico desempenha um importante papel, auxiliando na tomada de decisão da equipe interdisciplinar, garantindo efetividade e segurança da farmacoterapia prescrita.

– Quais os desafios vividos pelo profissional de farmácia durante o plano de cuidados de reabilitação do paciente?

O grande desafio é manejar, de forma eficiente, a terapia medicamentosa de pacientes após longo período de internação em Unidade de Terapia Intensiva, em Reabilitação Pós UTI, por exemplo, de modo a prepará-lo para o retorno ao domicílio, após o plano de cuidados em Reabilitação.

Desta forma, o trabalho do profissional de farmácia na Clínica Florence envolve manejar a terapia medicamentosa de modo a auxiliá-lo no seu processo de Reabilitação, realizando controle de sintomas a partir da terapia proposta e prepará-lo para alta com o menor número de medicamentos possíveis. É um desafio diário, não só do profissional da farmácia quanto de toda equipe interdisciplinar, pensando em uma transição de cuidados segura para o retorno ao domicílio.

– Qual a importância da atuação do Farmacêutico na preparação do paciente em Reabilitação para a alta e retorno ao domicílio?

Na Clínica Florence, o farmacêutico atua na preparação do paciente para o retorno ao domicílio, orientando sobre o uso seguro dos medicamentos que serão usados no pós alta hospitalar, através de uma cartilha, que é um manual sobre os medicamentos de uso contínuo a partir da prescrição médica de alta.

Desta forma, o profissional de farmácia colabora como uma das peças-chaves na preparação do paciente e sua família, quando para o retorno ao domicílio, de forma eficiente. Assim contribuímos para programar, junto à equipe interdisciplinar, uma alta assertiva, reduzindo o potencial de reinternação.

 – Como o profissional de farmácia contribui com a Segurança do Paciente em Reabilitação?

Em todas as etapas do acompanhamento farmacêutico, este profissional contribui para segurança do paciente.Desde o processo de admissão, quando o paciente é avaliado e admitido no hospital de transição, é realizada pela equipe da Farmácia uma dupla conciliação medicamentosa, tanto do domicílio ao hospital geral, quanto do hospital geral para a unidade de Transição de Cuidados.

Na Clínica Florence, o farmacêutico colabora ativamente com a segurança do paciente, seguindo os procedimentos, normas e orientações da qualidade. Segue-se a avaliação de prescrição, quanto a dose e posologia, forma farmacêutica e via de administração dos medicamentos. Posteriormente, ocorre um planejamento farmacoterapêutico alinhado ao plano de cuidados personalizado do paciente, vislumbrando o período de internação. Nesta etapa, critérios como dose, posologia e via administração são analisados focando na otimização da terapia e promovendo o uso racional de medicamentos. Além disso, temos também a orientação para a alta hospitalar e transição de cuidados sem rupturas, realizando um processo de educação do paciente e familiares quanto a terapia prescrita, contribuindo para adesão e sucesso terapêutico.

Alélia Rosa é Farmacêutica na Unidade Recife da Clínica Florence
OAlélia Rosa é graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com experiência em Residência Multiprofissional em Cuidados Paliativos pelo Instituto de Medicina Integral Professor Antônio Filgueira (IMIP) e Mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). acompanhamento psicológico na Clínica Florence atua com a escuta ativa e acolhimento para o paciente internado e familiares.

Tags: Hospital de Transição, Hospital de Transição de Cuidados, Alta Hospitalar, Pós Alta Hospitalar, Transição de Cuidados, Reabilitação, Reabilitação Intensiva, Reabilitação Pós UTI, Farmacêutico.