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Transição de Cuidados: o impacto positivo da Reabilitação

Pós UTI
Reabilitação
Reabilitação Intensiva

Dr. Silas Lucena (CRM 30132 – PE), Coordenador Médico na Unidade Recife da Clínica Florence, destaca em artigo o protagonismo da Reabilitação Pós UTI para a qualidade de vida do paciente.

Sessão de Reabilitação Pós UTI com Oficina de Biscoitos na Transição de Cuidados na Clínica Florence
Oficina de Biscoitos com Terapeuta Ocupacional na Reabilitação Pós UTI na Clínica Florence.

Artigo por Dr. Silas Lucena Os avanços em saúde nas últimas quatro décadas impulsionaram a sobrevida da população, bem como a redução de mortalidade no ambiente hospitalar. Neste cenário, nos últimos vinte anos, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) mostra maior desempenho na sobrevida do paciente.

Em paralelo aos avanços científicos e tecnológicos, há um aumento expressivo de estados mórbidos. É perceptível, tanto para especialistas como para a população, o desenvolvimento de novas condições de cronicidade que geram impactos diretamente na qualidade de vida do paciente e seus familiares, envolvendo várias áreas de suas vidas, dentre elas declínio financeiro, redução de capacidade física, perda da capacidade cognitiva, doenças psíquicas (depressão, ansiedade, dentre outras).

Estudos multicêntricos sugerem que a compreensão do processo de adoecimento, até sua estabilidade, a Reabilitação Pós UTI e a reinserção social são determinantes na melhora da qualidade de vida, podendo ser estratificados em:

– Estado agudo do adoecimento, sendo o momento na qual a doença leva a pessoa a emergência e internação hospitalar.

– Conhecimento desta nova condição e o planejamento terapêutico imediato.

– Definição e programação para terapia de reabilitação e/ou cuidados proporcionais individualizados, além da estruturação para retorno ao domicílio, com rede de cuidado integrada e reinserção social.

Nas duas primeiras etapas, que envolvem diagnóstico e tratamento do estado agudo, o ambiente hospitalar geral tem protagonismo consolidado, com intervenções diversas, buscando trazer a sobrevivência.

Na terceira  etapa, na fase Pós Agudo, com objetivo do planejamento de cuidado, a Reabilitação Pós UTI é uma abordagem essencial. O suporte para o enfrentamento da condição clínica do paciente e alinhamento de expectativas entre o paciente e seus familiares, além da abordagem multiprofissional, são as bases do hospital de transição. Proporcionar o cuidado centrado no pessoa e seus entes queridos, apoio com equipe interdisciplinar através de programas de cuidados específicos como Pós AVC, Pós Fratura de Quadril e Reabilitação Pós UTI trazem o autoconhecimento,  autonomia, independência, engajamento ao tratamento, bem-estar e qualidade de vida, além da formulação de como será seguida a vida.

Muito mais do que sobreviver, mas sim recuperar, contando com uma rede de apoio fortalecida, necessitando ou não do suporte de saúde na residência, mas com a certeza de que as melhoras práticas podem ser realizadas antes do retorno seguro ao domicílio.

Através da internação no hospital de transição de cuidados estas vivências são discutidas, pensadas e pactuadas de forma assertiva, garantindo a adesão e continuidade dos cuidados de forma adequada, com redução riscos e agravos, além de reinternações não desejadas.

Dr. Silas Lucena fala sobre Reabilitação Pós UTI e Transição de Cuidados
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (PB), Dr. Silas Lucena de Lima é médico intensivista titular pelo Hospital São Francisco em Ribeirão Preto (SP) e especialista em gestão hospitalar e excelência operacional pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Hospital Albert Einstein (SP). Atua como Coordenador Médico na Unidade Recife da Clínica Florence.