Doenças de Quadril: quais as diferenças e como tratar?
Doenças de quadril articulares e degenerativas impactam a rotina. Cirurgia ortopédica e Reabilitação Intensiva podem ser indicadas no tratamento.
Os sintomas são parecidos: dores intensas, dificuldade ou incapacidade para realização de movimentos e de atividades básicas de vida diária. Pessoas com o diagnóstico de doença de quadril lidam com uma condição clínica que interfere diretamente na sua rotina e enfrentam impactos significantes na qualidade de vida com a perda de funcionalidade e independência.
Pacientes com casos mais avançados de doenças de quadril como artrite, artrose, osteonecrose, síndrome do impacto femoroacetabular, nos quais o tratamento conservador não apresenta mais os resultados terapêuticos esperados, podem, em algum momento, recorrer à cirurgia ortopédica para possibilitar recuperação da saúde e melhoria na mobilidade.
Além dos pacientes com diagnóstico de doença de quadril grave, pessoas que possuem um maior grau de dependência ou em que houve necessidade de cirurgia como artroplastia e artroscopia de quadril de urgência, especialmente se decorrente de Fratura de Quadril ou Fratura de Fêmur, sofrem diariamente as limitações na mobilidade.
Entenda os diferentes diagnósticos e sintomas dos casos mais comuns de doenças de quadril:
Artrite reumatoide: quadro clínico inflamatório e autoimune, a artrite reumatoide de quadril pode causar degeneração da articulação e deformidades nesta área do corpo. Entre os sintomas mais frequentes, dor na região da virilha, coxa e ou nádegas. Nas sequelas funcionais da pessoa acometida, esta doença de quadril causa dificuldades para andar popularmente conhecida como “marcha manca”. Progressiva, nos casos mais graves pode gerar incapacidade para a realização de atividades básicas de vida diária como subir e descer escadas, caminhar, sentar e levantar de cadeiras.
Artrose: identificada pela Sociedade Brasileira de Quadril como uma doença crônico-degenerativa, a artrose de quadril tem como características o desgaste progressivo da articulação formada pelo fêmur e pelo acetábulo (parte da bacia que se liga ao fêmur). Leva o indivíduo a ter perdas funcionais que geram dificuldade para andar, além da diminuição da amplitude de movimentos e limitação significativa para tarefas como calçar sapatos, entrar e sair do carro ou cruzar as pernas.
Osteonecrose: conhecida também como necrose avascular da cabeça femoral, esta doença de quadril ocorre em virtude da falta de circulação sanguínea na cabeça do fêmur, acometendo na perda de sustentação e degeneração da cartilagem e tendo como consequência impactos na sustentação do peso do corpo. O resultado são sintomas de dor intensa na região da inguinal, coxa e joelhos, além de perda de funcionalidade e mobilidade.
Síndrome do impacto femoroacetabular: esta síndrome ocorre devido a alterações no formato da cabeça do fêmur, do acetábulo e no funcionamento biomecânico do quadril. Acometendo mais as pessoas do sexo feminino, esta doença de quadril pode causar lesão de labrum e dificuldade para movimentos de flexão, rotação e agachamento.
Fratura de quadril: além dos pacientes em pós-operatório de cirurgia de quadril provenientes de doenças degenerativas ou articulares, temos a condição séria de pessoas após quedas, acidentes ou condições clínicas, como a osteoporose, que ocasionaram a ruptura óssea. Este tipo de lesão grave, tem, entre os sintomas, dor intensa, inchaço e hematoma. As fraturas de quadril são ocorrências muito comuns em pacientes idosos e estão associadas a grande dependência funcional, complicações clínicas e elevada mortalidade.
Reabilitação pós-operatório
Nestas situações, a depender do quadro clínico, no pós-operatório de cirurgia de quadril, o paciente pode se beneficiar de um programa de Reabilitação Intensiva realizado em instituições de Transição de Cuidados, em clínicas de reabilitação, centros de recuperação pós-operatório ou em Hospital de Transição, como a Clínica Florence.
Esta abordagem pode ser realizada em instituições especializadas em reabilitação motora, reabilitação cognitiva e reabilitação funcional, como a Clínica Florence, que propõe um programa para pacientes em pós-operatório de cirurgia ortopédica de grande porte. Sendo assim, a Clínica Florence busca colaborar com a recuperação do paciente, através do tratamento multiprofissional assertivo.
“O paciente idoso, que, além da coxartrose, pode ter outras condições clínicas, naturais do avanço da idade, como a perda de massa muscular e massa óssea, assim como grande potencial para desenvolver cinesiofobia, o medo de realizar movimentos. São pessoas que podem, com a indicação e avaliação médica, contar com o nosso programa de Reabilitação Intensiva para possibilitar controle de sintomas e complicações pós-operatórias de cirurgia de quadril como luxação e a dor, bastante comuns neste momento, buscando possibilitar mais confiança e segurança para o retorno ao domicílio”, esclarece Francimar Ferrari, fisioterapeuta e Coordenador de Reabilitação na Unidade Recife da Clínica Florence.
Na Clínica Florence a Reabilitação Intensiva é um programa indicado para pacientes que tiveram significativa perda de habilidades básicas, tendo como efeito dificuldade ou perda para execução de atividades básicas como comer, tomar banho e andar. Além disso, pacientes que tem a necessidade de acompanhamento médico durante o período de reabilitação
O propósito desta abordagem de Reabilitação é recuperar ao máximo as capacidades funcionais da pessoa com doença de quadril, entre outros casos clínicos. Indivíduos indicados para um programa de Reabilitação Intensiva na Clínica Florence, podem realizar até 15 horas semanais de terapias multiprofissionais com especialistas em Transição de Cuidados que tem como foco o cuidado centrado no paciente e família e a busca pela melhora do desempenho funcional. Com assistência à saúde integral, o acompanhamento médico é feito 24h por dia, 7 dias por semana.
Dr. Daniel Gomes, coordenador da Linha de Cuidados “Reabilitação Pós Fratura de Quadril em Idosos” da Unidade Recife da Clínica Florence, aborda o tratamento após a fratura de quadril ou fêmur: “após a cirurgia e os dias de internamento em hospital geral, o idoso idealmente deve passar por um processo de reabilitação intensiva nas primeiras semanas com uma equipe interdisciplinar, um trabalho para retomar confiança, força e sua vida independente”, pontua o especialista.
Na Clínica Florence, a Linha de Cuidado “Reabilitação Pós Fratura de Quadril em Idosos” tem também o objetivo de tentar reduzir complicações, minimizar a complexidade do cuidado e promover um retorno para domicílio de forma segura, a partir de um plano de cuidados personalizado coordenado por uma equipe interdisciplinar que inclui abordagens para fortalecimento da musculatura, equilíbrio, mobilidade, coordenação, estímulos cognitivos, bem como orientações para adaptação do domicílio e uso de dispositivos auxiliares de marcha.