Reabilitação Funcional

Pacientes em recuperação de um evento agudo recente, que ocasionou significativa perda de funcionalidade para realização de atividades básicas de vida diária (como locomoção, comer, tomar banho etc.). Além disso, pacientes que tem a necessidade de acompanhamento médico durante o período de reabilitação, como finalização de antibioticoterapia, manejo de alterações laboratoriais etc.

O objetivo desta reabilitação é recuperar ao máximo a independência funcional do paciente para a realização das atividades básicas de vida diária (ABVD).

São exemplos pacientes que sofreram:

• AVC moderado a grave;
• Fratura de fêmur ou outras cirurgias ortopédicas;
• Internação prolongada em UTI com restrição ao leito (em particular após sepse – infecção generalizada);
• Pós-operatório de cirurgia de grande porte (neurológicas, oncológicas, cardiológicas);
• Forma grave de COVID-19;
• Politraumas;
• Quaisquer outras condições que ocasionaram perda recente de independência funcional.

Na Florence, estes pacientes seguem um plano de cuidados customizado e intensivo, que pode chegar até 15 horas semanais de terapias, elaborado por uma equipe interdisciplinar, com objetivo de recuperação da independência. O acompanhamento médico é feito 24h por dia, 7 dias por semana.

Escalas de funcionalidades são definidas e aferidas semanalmente para acompanhar o progresso da reabilitação. Além disso, discutimos com a família cenários de evolução possíveis, antecipamos adaptações necessárias para quando do retorno do paciente ao domicílio e capacitamos os familiares para que este momento ocorra sem ruptura, priorizando a retomada da autonomia, prevenção a complicações e melhoria da qualidade de vida.

Reabilitação Adequação de Cuidados

Pacientes com condições crônicas ou permanentes, com baixa possiblidade de reabilitação funcional, mas que tiveram um novo evento agudo que levou ao aumento da complexidade do cuidado e/ou necessidade de construção de um plano de cuidados pós-alta.

Nestes pacientes, a expectativa de ganho de independência é baixa, por limitações funcionais prévias ou pela própria gravidade do insulto agudo recente, porém existe um aumento da demanda e da complexidade do cuidado.

O objetivo desta reabilitação é: i) Reduzir a complexidade do cuidado; ii) Definir plano de cuidados para momento de retorno do paciente ao domicílio; iii) Preparar e planejar junto a família cenários futuros de evolução, e; iv) Capacitar familiares para continuidade do cuidado após a alta. São exemplos destas condições pacientes:

• Funcionalidade prévia reduzida (ex: síndromes demenciais, idoso frágil), com novo insulto agudo e aumento da complexidade do cuidado;
• Após traqueostomia;
• Acometidos de lesão por pressão;
• Sofreram insulto agudo que tenha levado a alteração cognitiva importante (Ex.: status pós-parada cardiorrespiratória ou traumas cranioencefálicos);
• Necessidade de ajuste de medicações;
• Alinhamento de plano de cuidados futuro com familiares, em particular, pacientes com internações recorrentes.

Durante a internação, além do foco na redução da complexidade do cuidado (retirada de traqueostomia, cuidados a lesões cutâneas, desmame de oxigênio, retirada de sonda enteral, desfralde, ganho de tônus muscular, sustentação de tronco etc.), há grande foco na capacitação da família e cuidadores, preparando-os para oferecer a melhor assistência ao paciente em seu retorno para o lar.