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Ptofobia: causas e como evitar

Pós Fratura
Reabilitação
Reabilitação Intensiva

Compreenda o que é esta fobia que acomete em especial pessoas idosas, quais suas causas e como a Reabilitação colabora para a autoconfiança do paciente.

Sessão de Reabilitação Intensiva na Clínica Florence colabora para evitar a Ptofobia
O programa interdisciplinar de Reabilitação Intensiva da Clínica Florence pode beneficiar pessoas Pós Fratura de Quadril, Fratura de Fêmur ou após o operatório de cirurgia ortopédica.

É natural, com o envelhecimento humano, surgirem alterações da força muscular, mobilidade e equilíbrio, bem como a perda significativa de massa osteomuscular, o que pode aumentar o risco de quedas.

“As quedas ocorrem principalmente no domicílio do idoso. É um tapete que está mal posicionado, um móvel colocado de forma inapropriada, é a falta de apoio num corredor longo ou até o uso de medicamentos inadequados. São vários riscos que propiciam o acidente. Na maioria das vezes, a fratura de fêmur ou quadril deve ser tratada de forma cirúrgica, nas primeiras 48 horas após o evento, para possibilitar os melhores resultados na recuperação”, explica Dr. Daniel Gomes, (CRM-PE 15238)  Geriatra e Coordenador da Linha de Cuidado Reabilitação Pós Fratura de Quadril em Idosos na Clínica Florence – Unidade Recife.

Após uma queda seguida de uma cirurgia ortopédica, como a cirurgia de quadril, a pessoa pode desenvolver uma fobia que impacta significativamente sua saúde e qualidade de vida, a Ptofobia: “muitos idosos que caem e fraturam o fêmur, por exemplo, desenvolvem um medo excessivo de andar e acabam se tornando dependentes de familiares ou cuidadores. Muitos não retornam às suas atividades de vida diária, principalmente aqueles que não são submetidos ao tratamento adequado. Por isso, é fundamental a realização da Reabilitação, com equipe interdisciplinar, para retomar o equilíbrio, a força e a confiança para voltar a andar”, esclarece Dr. Daniel Gomes.

Popularmente conhecida como medo excessivo de cair, a Ptofobia costuma ocorrer, em especial, em pacientes idosos após Fratura de Fêmur e Fratura de Quadril. Esta fobia não apenas intensifica o medo de quedas futuras, mas também abala a autoconfiança da pessoa em recuperação.

O medo de cair afeta não apenas a mobilidade do paciente, que tem uma tendência instintiva e natural a ficar mais imobilizado após o acidente, podendo contribuir para outras complicações de saúde. Segundo Francimar Ferrari, fisioterapeuta e Coordenador de Reabilitação da Unidade Recife da Clínica Florence, existem outros fatores que podem agravar com a Ptofobia.

“A ptofobia gera um pavor ao paciente, tanto ao ficar em pé, em posição ortostática, como para deambular, caminhar. Esse sintoma não é só físico e engloba um contexto psicológico após quedas, em especial, com danos à saúde, como os casos Pós Fratura de Quadril e Pós Fratura de Fêmur”, pontua o especialista, que esclarece ainda que o medo de cair pode levar também ao comportamento sedentário, conforme estudos da Brazilian Journal of Physical Therapy. Além disso, o especialista comenta que a fobia pode agravar quadros de sarcopenia, síndrome clínica progressiva e generalizada que está intrinsecamente relacionada com incapacidade física, baixa qualidade de vida e mortalidade.

“A Ptofobia cria um ciclo conhecido como ciclo vicioso de imobilidade do paciente, que contribui para que ele tenha perda de massa muscular, tenha maior déficit de equilíbrio e agrave o condicionamento físico cardiorrespiratório, aumentando a limitação física e fragilidade da pessoa”, comenta o Coordenador de Reabilitação da Clínica Florence.

Outro fator que pode ocorrer com a Ptofobia é o sedentarismo, que pode agravar diversos problemas de saúde como doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. O medo de cair pode colaborar para o que para que as pessoas Pós Cirurgia de Quadril e Fêmur se tornem mais isoladas socialmente, afetando os relacionamentos e atividades sociais.

Lesões ortopédicas graves podem levar a sentimentos de frustração e insegurança, além da Ptofobia. Portanto, o suporte emocional e a escuta ativa realizada por psicólogos são componentes essenciais na abordagem holística dos programas de Reabilitação Intensiva da Clínica Florence.

“É natural que após um evento traumático, como uma queda que resultou em fratura de quadril, venham à tona sentimentos como ansiedade e insegurança. Quando estes sentimentos vêm em grande intensidade, chegando a paralisar a pessoa, dificultando sua Reabilitação, temos o que chamamos de Ptofobia. Observamos com certa frequência a Ptofobia em nossos pacientes da Linha de Cuidado Pós Fratura de Quadril, especialmente nos mais idosos. Nestes casos, atuamos acolhendo tais sentimentos, legitimando o medo, ressaltando seu caráter protetor que, na medida certa, pode auxiliar na prevenção de novas quedas”, esclarece Maria Andrade, psicóloga na Clínica Florence.

A especialista explica a abordagem: “favorecemos a elaboração psíquica do evento traumático e da insegurança advinda do evento, buscando fortalecer os recursos psíquicos de enfrentamento da situação. Além de evidenciamos a segurança de nossa infraestrutura e a qualificação da equipe interdisciplinar para a reabilitação”, comenta.

Neste cenário, os pacientes podem se beneficiar com a indicação para realização da Reabilitação em Hospital de Transição de Cuidados, como a Clínica Florence. O programa, conduzido por uma equipe interdisciplinar, tem como objetivo possibilitar melhorias funcionais, com atenção à saúde mental, com foco em desenvolver confiança e segurança para as atividades diárias.

“É muito importante a realização da reabilitação adequada. Aí é que entra o papel da Reabilitação Intensiva, que é realizada nos pacientes que ficam internados por um tempo em clínicas e hospitais de transição de cuidados. A  Linha de Cuidado Reabilitação Pós Fratura de Quadril em Idosos da Clínica Florence é capaz de melhorar a funcionalidade, reduzir a chance de readmissão em hospitais gerais e de mortalidade desses pacientes”, complementa Dr. Daniel Gomes.

A Reabilitação Pós Fratura de Quadril na Clínica Florence, Hospital de Transição pioneiro no Norte/Nordeste, é realizada com uma equipe multiprofissional de saúde (composto por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistente sociais, nutricionistas, entre outros) que acompanha os pacientes em terapias e atividades fundamentais para sua recuperação, bem como em iniciativas para prevenção de complicações e reinternações.

“A inclusão do treino com dispositivos auxiliares de marcha no plano de cuidados personalizado do paciente, as terapias para fortalecimento global da estrutura osteomuscular, exercícios de equilíbrio estático e dinâmico, além das orientações para adaptações no domicílio, são parte do trabalho da equipe Interdisciplinar da Clínica Florence no atendimento a pacientes no pós operatório ortopédico. Desta forma, buscamos contribuir para minimizar os efeitos danosos da Ptofobia à saúde integral do paciente em Reabilitação Intensiva”, complementa o fisioterapeuta Francimar Ferrari.

A transição de cuidados assertiva, com o preparo para o retorno ao domicílio e às atividades cotidianas após uma fratura de fêmur, por exemplo, é um dos objetivos do plano terapêutico do paciente na Clínica Florence. É essencial tomar medidas preventivas, como a adaptação do domicílio, além de seguir as orientações clínicas para a continuidade do tratamento para que, desta forma, seja possível reduzir os efeitos da Ptofobia, permitindo ao paciente mais segurança, bem-estar, independência e autonomia.

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